O Hino do Estado de São Paulo, também conhecido como Hino dos Bandeirantes, foi instituído pela lei nº 337, de 10 de julho de 1974 que revoga o artigo 3º da lei nº 9854, de 2 de outubro de 1967, determinando o poema Hino dos Bandeirantes, de autoria de Guilherme de Almeida (1890-1969) como letra do hino oficial e música de Sérgio de Vasconcellos Corrêa (1934). O hino não possui uma canção oficial.
BANDEIRA DO ESTADO DE SÃO PAULO
GUILHERME DE ALMEIDA
AUTOR DA LETRA
BANDEIRANTE
HINO DOS BANDEIRANTES
Paulista, para um só instante,
Dos teus quatro séculos,
Ante tua terra sem fronteiras,
O teu São Paulo das "bandeiras"!
Deixa para trás o presente,
Olha o passado à frente,
Vem com Martim Afonso a São Vicente,
Galga a Serra do Mar!
Além, lá no alto,
Bartira sonha sossegadamente.
Na sua rede virgem do
Planalto.
Espreita, entre a folhagem de esmeralda,
Beija-lhe a Cruz de estrelas de Grinalda!
Agora escuta!
Aí vem, moendo o cascalho,
Botas de nove léguas, João
Ramalho;
Serra acima, dos baixos da restinga,
Vem subindo a roupeta,
De Nóbrega e de Anchieta!
Contempla os campos,
De Piratininga!
Este o colégio,
Adiante está o sertão.
Vai, segue a Entrada!
Enfrenta, Avança, Investe!
Norte, Sul, Leste, Oeste!
Em Bandeira ou Monção,
Doma os índios bravios,
Rompe a selva, abre minas,
vara rios!
No leito da Jazida,
corda a pedraria adormecida,
Retorce os braços rijos,
E tira o ouro, de seus
esconderijos!
Bateia, escorre a ganga,
Lavra, planta, povoa!
Depois volta à garoa!
E adivinha, atrás dessa cortina,
a tardinha, enfeitada de miçanga,
A Sagrada Colina,
Ao Grito do Ipiranga!
Entreabre agora os véus,
Do cafezal, Senhor dos Horizontes!
Verás fluir por plainos, vales, montes,
usinas, gares, silos, cais, arranha-
céus!
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